For the expert in new technologies, investment and valorization of research must be on the agenda of higher education leaders and the Brazilian government

 

May 06, 2020
(Google translated, original Portuguese text below.)

How to build a leading university for Brazil’s challenges in the post-pandemic world was the subject of a webinar that featured Paulo Blikstein, a Brazilian professor at Teachers College, Columbia University, USA, and a researcher on new technologies for education. Semesp in partnership with the STHEM Consortium were responsible for organizing this virtual meeting.

In the professor’s view, the leaders of educational institutions and Brazilian public bodies need to understand that “in this moment of pandemic, the globalized world has limitations and Brazilian universities are essential, not only for their educational purpose, but also as a strategic reserve of high importance. They are vital to keep the nation going. ”

The expert warns that, in the coming years, as the planet will likely be affected by new pandemics, disruptions to food supply chains and other natural disasters, the solutions for which  – at least for the most part – will come from universities that have advanced research. “That is why we cannot depend on the goodwill of other countries [for example, for the creation of a vaccine], because it may be that other countries will be concerned with serving their nation first.”

pesquisas universidades
Paulo Blikstein 

Differences with the USA

But for this reality to materialize, the country will have to invest in science. In fact, compared to other countries, the fallacy that Brazil spends a lot on higher education was broken in this webinar. “Research can be a source of funds rather than a source of cost. This is the case in the United States, where 60% of the budgets of private universities comes from the government to finance research, ” said Paulo.

The professor also made a comparison between the American university MIT and Unicamp. While the first serves 11 thousand students with a budget of USD $ 2.2 billion, the second, with 35 thousand students, has a budget of USD $ 1.1 billion. “I want to show that the miracle of MIT, Stanford, and other big universities, is that they have surplus resources to do these jobs and that some Brazilian universities, even with much less, achieve excellent results as well. But it is essential to invest more, especially considering that in a research lab, for each principal investigator, you need an army of supporting researchers”.  

Continuing to talk about the differences between Brazil and other nations, Blikstein revealed that 5% of MIT’s budget comes from donations from companies; endowment funds account for 5% to 10% of what the institution receives; while tuition can be up to 10% and public funds 67%. “This is surprising because people think companies donate a lot of money, but research is expensive and a long-term investment. It is difficult for a company to finance a ten-year research study in epidemiology, for example, which in the future may allow the creation of a vaccine against the ninth coronavirus ”.

Financing for Brazilian women

In Brazil, the expert clarifies that professors with a doctorate, usually trained at recognized foreign universities, are the ones responsible for writing proposals to raise funds from governments for research hubs. “You won’t be able to attract top faculty if you don’t have a laboratory, because these faculty don’t just want to teach, they want to do research”. In addition to the government, it is possible to obtain financial resources from international funds. “There are resources all over the world waiting to be raised,” he advises.

Note: the sources of the MIT data are based, according to Paulo, on information from Fernanda de Negri, Marcelo Knonel and Carlos Henrique de Brito Cruz.

Paulo Blikstein: Pesquisas Desenvolvidas nas Universidades são Vitais Para o Funcionamento da Sociedade

Para o especialista em novas tecnologias, investimento e valorização da pesquisa devem estar na agenda dos líderes do ensino superior e governo brasileiro

 

Como construir uma universidade de ponta para os desafios do Brasil no mundo pós-pandemia foi tema de um webinar que contou com Paulo Blikstein, professor brasileiro da Universidade de Columbia, EUA, e pesquisador em novas tecnologias para a educação. O Semesp em parceria com o Consórcio STHEM foram os responsáveis pela organização desse encontro virtual.

Na visão do professor, os líderes de instituições de ensino e os órgãos públicos brasileiros precisam compreender que “nesse momento de pandemia, o mundo globalizado tem limitação e a universidade, que está dentro do território brasileiro é fundamental, pois ela não serve apenas para o ensino, é uma reserva estratégica de elevada importância. Ela é vital para manter a nação funcionando”.

O especialista alerta que, nos próximos anos, o planeta tende a ser afetado por novas pandemias, mudanças alimentares e desastres naturais, cujas saídas —pelo menos boa parte — estarão nas universidades que possuem pesquisas avançadas. “Por isso não podemos depender da boa vontade de outros países [por exemplo, para a criação de uma vacina], porque pode ser que eles estejam preocupados em atender primeiro a sua nação”.

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Paulo Blikstein 

Diferenças com os EUA

Mas para essa realidade se concretizar, o país terá que investir na ciência. Aliás, comparado a outros países, a falácia que o Brasil gasta muito com o ensino superior foi quebrada nessa palestra virtual. “A pesquisa pode ser uma fonte de recursos ao invés de uma fonte de despesa. É assim nos Estados Unidos, em que 60% do orçamento das universidades privadas vem do governo para financiar pesquisas”, afirma Paulo.

O professor também fez uma comparação entre o estadunidense MIT e a Unicamp. Enquanto a primeira atende 11 mil alunos com orçamento de US$2.2 bilhões, a segunda, com 35 mil alunos, tem orçamento de US$1.1 bi. “Quero mostrar que ‘o milagre’ do MIT, Standford, e outros grandes, é que têm recursos excedentes para fazer esses trabalhos e que algumas universidades brasileiras, mesmo com muito menos, conseguem resultado excelentes também. Mas é fundamental mais investimento, até porque em um laboratório de pesquisa você tem o cabeça, mas precisa de uma base composta por um exército de pesquisadores”.

Ainda sobre a distinta realidade nacional e exterior, Blikstein revelou que dentro do orçamento do MIT, 5% vem de doações de empresas; os fundos patrimoniais respondem de 5% a 10% do que a instituição recebe; a mensalidade chega a 10% e os fundos públicos 67%. “Isso surpreende porque as pessoas acham que as empresas doam muito dinheiro, mas a pesquisa é cara e a longo prazo. Difícil uma empresa financiar pesquisa de dez anos em epidemiologia, por exemplo, que no futuro pode permitir criar vacina contra o nono coronavírus”.

Financiamento para as brasileiras

No Brasil, o especialista esclarece que são os professores com doutorado, geralmente formados em reconhecidas universidades estrangeiras, responsáveis por escrever projetos de financiamento de recursos vindos do governo para um polo de pesquisa. “Você não vai conseguir atrair professores de ponta se você não tem laboratório, porque esses professores não querem só dar aula, querem pesquisar”. Além do governo, é possível conseguir financiamento de fundos internacionais. “Há recursos no mundo todo esperando para ser captado”, aconselha.

Obs.: as fontes dos dados do MIT se baseiam, segundo Paulo, em informações de Fernanda de Negri, Marcelo knonel e Carlos Henrique de Brito Cruz.