Abstract
Este relatório é fruto de uma parceria do D3 e com o Todos Pela Educação e com o Transformative Learning Technology Laboratory, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. O documento apresenta evidências e propostas para o debate nacional sobre a importância da tecnologia para melhorar o aprendizado na educação básica. São utilizadas as diretrizes e estratégias do Educação Já, documento organizado pelo Todos Pela Educação, como referencial para traçar os caminhos necessários para que a educação básica brasileira dê um salto de qualidade.
O papel das tecnologias na educação mudou nos últimos dez anos e o Brasil precisa de um plano estratégico para a área. Se em décadas passadas a tecnologia entrava na escola de forma dirigida, hoje ela o faz por outros inúmeros caminhos. Essa multiplicidade requer novas políticas públicas e estratégias de implementação mais sofisticadas.
DO “SE” PARA O “COMO” O debate sobre tecnologia educacional deve sair do “se” e evoluir para o “como”. Não podemos mais discutir se a tecnologia deve estar na escola, mas como isso deve acontecer. A presença da tecnologia na vida pessoal, profissional e cívica é uma realidade irreversível.
NÃO UMA TECNOLOGIA, MAS VÁRIAS Não há uma única tecnologia: devemos categorizar os vários tipos de tecnologia educacional e evitar tratá-las como uma coisa só. Neste relatório, utilizamos três categorias: (A) infraestrutura, (B) ensino e (C) criação/experimentação. Essa divisão permite decisões mais precisas, pois o gestor ou educador pode avaliar, comparar e predizer o impacto de cada implementação.
QUATRO DIMENSÕES PARA NOVAS POLÍTICAS Ações isoladas — como a compra de laptops ou a adoção de uma plataforma — têm alcance limitado como política pública. Dada a complexidade da escola e a multiplicidade de soluções tecnológicas possíveis, gestores precisam articular ações em diferentes níveis para criar reformas sustentáveis. Neste relatório trazemos quatro aspectos que consideramos essenciais: (I) recursos e infraestrutura, (II) profissionais e formação, (III) dados pessoais na educação, e (IV) estratégia nacional.